Inicialmente, medidas vão se restringir apenas aos Estados Unidos

A Meta informou à Advocacia-Geral da União (AGU) que o fim do programa de ‘checagem de fatos’ da empresa vai ser realizado, inicialmente, somente nos Estados Unidos. No entanto, a companhia sinalizou que quer expandir a medida para outros países.
A AGU pediu à Meta para detalhar a decisão do dono da empresa, Mark Zuckerberg, de pôr fim à checagem de dados. A determinação partiu do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), depois de reunião com ministros no Palácio do Planalto na última sexta-feira, 10.
“A Meta desde já esclarece que, no momento, está encerrando seu Programa de Verificação de Fatos independente apenas nos Estados Unidos, onde testaremos e aprimoraremos as Notas da Comunidade antes de dar início a qualquer expansão para outros países”, diz o documento enviado à AGU nesta segunda-feira, 13.
“Os serviços da Meta permitem que bilhões de pessoas oriundas de diferentes países e culturas se expressem livremente em dezenas de idiomas”, acrescenta a empresa. “Queremos que as pessoas possam falar abertamente sobre os assuntos que importam para elas, mesmo que outras pessoas discordem ou considerem tais assuntos questionáveis.”
No documento, a Meta destaca que os princípios da companhia permanecem iguais. Diz, ainda, que as políticas da empresa são um reflexo disso. “Buscamos dar voz às pessoas; servir a todos; promover oportunidades econômicas; viabilizar que as pessoas se conectem e construam comunidades; manter as pessoas seguras e proteger a privacidade”, afirma a big tech de Mark Zuckerberg.
A empresa ressaltou que está “profundamente comprometida” com a liberdade de expressão. Reconheceu, no entanto, que “formas abusivas do exercício desse direito podem causar danos, especialmente para grupos vulneráveis”.